Compositor: Fabrizio De André / Giuseppe Bentivoglio / Nicola Piovani
Respirar o mesmo ar
De um carcereiro eu não quero
Por isso decidi renunciar
À minha hora de liberdade
Se tem alguma coisa para repartir
Entre um prisioneiro e o seu guarda
Que não seja o ar daquele pátio
Quero somente que seja prisão
Que não seja o ar daquele pátio
Quero somente que seja prisão
Começou uma hora antes
E uma hora depois havia já terminado
Vi gente vir só
E depois acompanhada em direção à saída
Não esperava um vosso erro
Homens e mulheres do tribunal
Se eu estivesse no vosso posto
Mas no vosso posto não sei estar
Se eu estivesse no vosso posto
Mas não estive no vosso posto
Fora do tribunal sobre a estrada
Mas no exterior também fora de lá
Perguntei ao melhor da minha face
Uma polêmica de dignidade
Tantas as carrancas, as caras amarradas, os focinhos
Vai-lhes explicar que é primavera
E depois o sabem mas preferem
Vê-la saciar quem está na prisão
E depois o sabem mas preferem
Vê-la saciar quem está na prisão
Tantas as carrancas, as caras amarradas, os focinhos
Poucas as face, entre eles, elas
Se está perguntando tudo em um dia
Se sugerisse, juraria
Aquilo que dirá de mim à gente
Aquilo que dirá vos o digo eu
Por um pouco de tempo era um pouco mudado
Mas não no dizer-me amor meu
Por um pouco de tempo era um pouco mudado
Mas não no dizer-me amor meu
Certa necessidade tem de crescer
Por uma ginástica de obediência
Até a um gesto muito mais humano
Que te dê o senso da violência
Mas necessita fazer igual
Para tornar-se tão imbecis
Para não conseguir mais entender
Que não existem poderes bons
Para não conseguir mais entender
Que não existem poderes bons
E agora aprendo um saco de coisas
Em meio aos outros vestidos iguais
Exceto qual é o crime justo
Para não passar por criminosos
Ensinaram a maravilha
Para a gente que rouba o pão
Agora sabemos que é um delito
O não roubar quando se tem fome
Agora sabemos que é um delito
O não roubar quando se tem fome
De respirar o mesmo ar
Dos carcereiros eu não quero
E tínhamos decidido aprisioná-los
Durante a hora de liberdade
Vindes agora à prisão
Estais a ouvir sobre a porta
A nossa última canção
Que vos repete uma outra vez
Para quanto vós vos creríeis absolvidos
Sois para sempre comprometidos
Para quanto vós vos creríeis absolvidos
Sois para sempre comprometidos