Compositor: Georges Brassens
Eu dedico esta canção
A cada mulher pensada como amor
Em um instante de liberdade
Àquela conhecida apenas
Não teve tempo e valia a pena
De perder um século em mais
Àquela quase de imaginar
Tanto de pressa a viu passar
Do balcão há um segredo mais nela
E gostas de recordar o sorriso
Que não te fez e que tu lhe decidiste
Em um vazio de felicidade
À companheira de viagem
Os seus olhos a mais bela paisagem
Fazem parecer mais curto o caminho
E talvez és o único a compreendê-la
E a fazes descer sem segui-la
Sem tê-la tocado a mão
Àquelas que já tomadas
E que vivendo das horas iludidas
Com um homem agora mais mudado
Deixaram-te, inútil loucura
Ver o fundo da melancolia
De um futuro desesperado
Imagine com cuidado por algum instante
Sereis logo uma multidão de gente
Pulais de uma memória mais próxima
Por pouco que a felicidade retornes
É muito raro que se recordes
Dos episódios do caminho
Mas se a vida deixa de ajudar-te
É mais difícil de esquecer
Daquelas felicidades vislumbradas
Dos beijos que não se ousou dar
Das ocasiões deixadas a esperar
Dos olhos nunca mais revistos
Então nos momentos de solidão
Quando o remorso torna-se hábito
Uma maneira de se viver junto
Se choramos os lábios ausentes
De todas as belas transeuntes
Que não conseguimos reter