Il Fannullone (tradução)

Original


Fabrizio De André

Compositor: Fabrizio De André / Paolo Villaggio

Sem pretensão de querer exagerar
Eu durmo ao dia quatorze horas
Também por isto no meu bairro
Gozo a fama de vagabundo

Mas não se desdenhas a brava gente
Se na vida não consigo fazer nada

Tu vagas pela estrada quase toda a noite
Sonhando mil fábulas de glória e de vinganças
Contas as tuas histórias a poucos homens agora cansados
Que riem fitando-te com vazios olhares brancos

Tu recitas uma parte tediosa à gente
Fazendo da vida uma comédia divertida.

- Provei também a trabalhar
Sem poupança me darei para fazer
Mas o único resultado do experimento
Foi da fome um trágico aumento

Não se ouve a gente por bem
Se não me adapto a levar as correntes.

Darão-te trabalho em um grande restaurante
A lavar as sobras da gente elegante
Mas tu dizias - o céu é a minha única fortuna
E a água dos pratos não reflete a lua

Retornavas a cantar histórias na estrada à noite
Desafiando o bom humor dos teus sapatos desgastados.

- Não sou aquele vira-lata mau
Sem moral, miserável e vagabundo
Que se contenta de um osso esburacado
Com afetuoso desprezo jogado

Ao vagabundo sabe bater o coração
O cão vira-lata encontrou o seu amor.

Pensavas ao matrimônio como a volta de uma dança
Amavas a tua mulher como um dia de férias
Tomaste a tua casa por refúgio à tua fadiga
Para um cabide ao qual pendura a jaqueta

E a tua doce esposa consolou a tua tristeza
Procurando entre a gente quem lhe oferecesse ternura.

Foi embora sem fazer barulho
Talvez cantando uma história de amor
Contava-a em um modo agora cansado
Que caminhava distraído ao seu lado

Ela retornará em uma noite de verão
Aplaudi-la-ão as estrelas encantadas

Iluminarão para o alto os lampiões
A estranha dança de dois vagabundos
A lua terá de prata a cor
Sobre o dorso dos gatos em amor

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