Compositor: Georges Brassens
A morte virá de improviso
Terá os teus lábios e os teus olhos
Irá te cobrir com um véu branco
Adormecendo-se ao teu lado
No ócio, no sono, em batalha
Virá sem dar-te aviso
A morte vai sem hesitar
Não toca a trompa nem o tambor
Dama que em límpida fonte
Refresca as pernas estupendas
A morte não te verá em face
Terá o teu seio e os teus braços
Prelados, autoridades e condes
Sobre a porta chorastes bem forte
Quem bem conduz sua vida
Mal suportará sua morte
Miseráveis que sem vergonha
Trouxeste o cilício ou o pelourinho
Partiram não foi fadiga
Porque a morte vos foi amiga
Guerreiros que em ponta de lança
Do solo, do Oriente à França
Da matança conduziste grande orgulho
E entre os inimigos o luto e o pranto
De frente à extrema inimiga
Não vale coragem ou fadiga
Não serve golpeá-la no coração
Porque a morte nunca não morre